DOIS...TRÊS! E espetaram o tronco no olho mesmo a meio da testa!
O ciclope acordou aos urrus, e mais furioso ficou quando percebeu que estava cego! Dava pulos tão grandes, que batia com a cabeça no tecto.
No meio da noite, os seus urrus e gritos ecoaram de uma forma tremenda.
Ele atroava os ares:
-Acudam, meus irmãos! Acudam, meus irmãos!
Os ciclopes das outras ilhas acordaram estrmunnhados e disseram uns para os outros:
-É o Polifemo que está a chamar por nós, e está a pedir socorro. Temos de ir lá ver o que é, temos de lhe acudir!
E levantaram-se todos ao mar, e chegaram todos à porta da gruta onde morava o Polifemo. Chegaram escorrendo água e frio e ansiadade.
Disse um:-Metemos um pedregulho dentro!
responderam os outros:-Não,não. Olha que pode ser um dos seus ataques de mau génio e nós é que sofremos. Vamos perguntar o que lhe está acontecendo, e depois veremos.
E assim fizeram. A conversa que se seguiu foi esta:
O ciclope acordou aos urrus, e mais furioso ficou quando percebeu que estava cego! Dava pulos tão grandes, que batia com a cabeça no tecto.
No meio da noite, os seus urrus e gritos ecoaram de uma forma tremenda.
Ele atroava os ares:
-Acudam, meus irmãos! Acudam, meus irmãos!
Os ciclopes das outras ilhas acordaram estrmunnhados e disseram uns para os outros:
-É o Polifemo que está a chamar por nós, e está a pedir socorro. Temos de ir lá ver o que é, temos de lhe acudir!
E levantaram-se todos ao mar, e chegaram todos à porta da gruta onde morava o Polifemo. Chegaram escorrendo água e frio e ansiadade.
Disse um:-Metemos um pedregulho dentro!
responderam os outros:-Não,não. Olha que pode ser um dos seus ataques de mau génio e nós é que sofremos. Vamos perguntar o que lhe está acontecendo, e depois veremos.
E assim fizeram. A conversa que se seguiu foi esta:
-ó Polifemo, o que tens?
-Ai meus irmãos, acudam-me, acudam-me!
-O que foi, Polifemo?
-Ai meus irmãos, acudam! Ninguém quer matar-me...
-Pois não, Polifemo, ninguém te quer matar.
-Não é isso seus idiotas!...
E não havia maneira de se entenderem uns com os outros. Quando perceberam que o Polifemo estava já muito zangado, foram para as suas cavernas das outras ilhas, comentando entre si:«Ora esta! Que ideia no meio da noite acordar-nos assim para nos dizer que ninguém estava lá e que ninguém o queria matar...»
Ulisses estava radiante por ter tido aquela boa ideia de dizer que se chamava ninguém.
Mas como haviam eles sair dali? Polifemo continuava a sua lamúria, agora mais calmo:«Não há direito! Fazerem-me isto a mim, que sou tão bonzinho...
Pois deixem estar, que amanhã nem um só homem sairá desta caverna. Só o meio rebanho é que sai!»
Quando Ulisses ouvio isto, teve uma ideia: atar cada companheiro seu por baixo de cada ovelha, para assim no dia seguinte quando o rebanho abandona-se a caverna, os homens a abandonarem também sem perigo.
e assim foi. Para ele, por não se poder atar a si proprio, guardou o carneiro mais lanzudo do rebanho a firme de se agarrar à sua lã quando passase junto de Polifemo.
Quando Ulisses ouvio isto, teve uma ideia: atar cada companheiro seu por baixo de cada ovelha, para assim no dia seguinte quando o rebanho abandona-se a caverna, os homens a abandonarem também sem perigo.
e assim foi. Para ele, por não se poder atar a si proprio, guardou o carneiro mais lanzudo do rebanho a firme de se agarrar à sua lã quando passase junto de Polifemo.
No dia seguinte, Polifemo retirou o pedregulho da entrada da gruta e pôs-se logo a lado de fora da abertura, Chamou o rebanho, e afagando o dorso de cada animal que saía, não reparava, pois estava cego, que debaixo de cada um seguia um marinheiro...
Só faltava Ulisses, agarrado à lã comprida do carneiro velho!
Ora acontecia que este carneiro era o perfeito do Polifemo, que demorou ali um bocadinho a conversar com ele, queixando-se do que lhe tinham feito, como se o carneiro o pudesse compreender. Ulisses fazia mil esforços para se aguentar naquela posição. Desequilibrou-se mesmo e caiu no meio do chão, mas desatou a correr pelos campos fora. O ciclope percebeu que alguém tinha escapado. Preferiu perder este e apoderar-se dos outros. Quando percebeu que não havia homens na caverna, Polifemo dirigiu-se com grandes gritos em direcção ao mar. O ciclope avançava e os marinheiros corriam como cavalos bravos. Rápidos, alacançaram o navio, deixando o ciclope aos urros, clamando: "Ninguém! Ninguém! Ninguém!"