Lá iam a caminho de Ìtaca, pelo mar fora, vencendo vento e vento através de onda e onda.
De súbito começaram a notar que o navio estava a ser arrastado por uma estranha corrente submarina que os ia levando para onde eles não queriam ir.E de tal maneira que se acaso obrigassem o navio a seguir a direção que pretendiam, este corria o risco de se virar.
Então Ulisses decidiu:
-Não vale a pena resistirmos agora.Deixemo-nos ir nesta corrente, e quando ela abrandar retomaremos o rumo de Ìtaca.
Assim fizeram. Mas a corrente não abrandava nunca. AUMENTAVA, AUMENTAVA, AUMENTAVA...
-Olhem, viemos parar à Ciclópia, às ilhas da Ciclópia. Mas esperem, que... se não me engano, tivemos uma sorte espantosa!
-Uma sorte espantosa?!-admiraram-se os marinheiros.
-Sim-explicou Ulisses.-Aqui é realmente o arquipélago da Ciclópia. Tudo neste lugar é gigantesco, é ciclópico: os animais, as plantas, as pedras... Os seus habitantes são os ciclopes, espécie de gigantes com um só olho no meio da testa, e que são devoradores de homens...
Resolveram sair e ir apanhar alguma fruta fresca, beber água pura!
Aventuraram-se também a percorrer a ilha deserta.
A certa altura, depois de terem subido uma pequena colina, ao descerem a vertente do lado de lá viram-se de repente no meio de um enorme rebanho de ovelhas, cabras e carneiros. E o pior de tudo é que avistaram mesmo no meio do rebanho, sentado num rochedo altíssimo, um ciclope formidável!
Esconderam-se então no meio do rebanho, e como reparassem que ali ao lado havia uma estrada duma gruta enorme, para lá se dirigiam todos rastejando com muita cautela para o monstro não os ver.
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